Os aparelhos de formação da identidade na opinião pública estão nas mãos das elites que desqualificam e zombam de qualquer poder político e social proveniente de uma cidadania saudável e republicana. É esta mesma elite que impõe a identidade. A sua hegemonia irá durar enquanto esta mesma dominar “o processo de construção da identidade nacional se fundamenta sempre uma interpretação” conforma Ortiz escreveu (1985: 139). Esta – também a interpretação de Chartier, quando observa (1998: 78) que a identidade existe – “ 1- a partir da exibição de uma unidade um grupo se atribui a partir do crédito de uma representação ou então a – 2 -identidade e imposta por aqueles que possuem o poder de classificar, nomear de definir”. Para Arendt (1983: 280) “a segunda torna-se perigosa quando os classificados podem usar os índices de sua identidade para se reconhecerem como tais” Foi proposto ao Senado decretar o uso de um uniforme para os escravos, para que fossem imediatamente identificados entre os cidadãos livres de Roma. A proposta foi considerada como perigosa, pois os escravos ao se reconhecendo poderiam tomar consciência de sua potencialidade virtual. O que o instinto político dos romanos julgava perigoso, é a aparência como tal, independente do nome das pessoas”. Opiniões semelhantes poderão serem encontradas em Buzzar, (1997: 397) e Maturana (1996: 14).
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Travessa PEDRO AMÈRICO nº 28 ap.11SEM TELEFONE